sábado, 7 de março de 2009

PORTA-VOZ

Quase todas agências noticiosas anunciaram a manifestação do falante e folclórico presidente venezuelano, Hugo Chavez, dando conta que ele outorgou licença ao seu colega brasileiro Lula a conversar sobre seu país com o recém escolhido norte-americano Barack Obama, num encontro agendado para março. Está podendo!
Considerando que Chavez e Lula ver-se-ão somente em maio, isto é, após a visita do brasileiro a Barack, fica claro que ambos estão trocando idéias fora de hora, em clima de horas extras.
Por acaso há uma linha direta entre ambos, tipo o surrado telefone vermelho, ou seria via MSN?
Chavez, apesar da aparente valentia e jamais se "callar" (que o diga o rei espanhol), acusa o sucessor de Bush de seguidor da sua cartilha, alegando que o país do dólar encabeça um capitalismo funesto, "capaz de liquidar com a vida na Terra", exagera. Entretanto, rejeitou o convite de Obama para dialogar, optando por nomear o "cupañero brasileño" para ser seu porta-voz no encontro Brasil - USA, justificando os conflitos diplomáticos como causa da recusa.
Por outro lado, Chavez, que se considera discípulo de Fidel Castro, acusou os Estados Unidos de "agredir seu país com mentira e cinismo". Com estas farpas, certamente a reaproximação torna-se delicada. "Que se ocupem com a crise econômica mundial", concluiu.
Só falta agora os dois amiguinhos sul-americanos, Lulinha e Huguinho, sentarem juntos no belo gramado à frente da Casa Branca, sobre uma, duas ou mais bandeiras estendidas, fazendo um belo piquenique à base de suquinhos e salgadinhos, enquanto o Lulinha, representando o vizinho, espera ser atendido pelo risonho Obama.

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