Mário Quintana, 15 anos sem ele

"O amor é quando a gente mora um no outro".
Há quinze anos saiu de cena Mário Miranda Quintana ou, simplesmente, Mário Quintana.

Não houve até agora qualquer poeta gaúcho com tal notoriedade. Há anos conheci o Mário no antigo barzinho da Rádio Guaíba, logo sentindo nele o cativante lirismo brincalhão, cuja poesia sempre polarizou a atenção de todos, do mesmo modo que seu universo de leitores, em todos os quadrantes.

Natural de Alegrete, onde nasceu em 1906, fez de Porto Alegre sua "mãe" adotiva, cujas ruas, praças e mulheres cantou em versos.

Após plantar respeito e fama, às custas de longo tempo, teve frustradas duas tentativas de ingressar na Academia Brasileira de Letras, lamentavelmente.

O autor de "O Caderno H" desencarnou em 5 de maio de 1994, mas não suas palavras.