Sem exagero, parecem montanhas em movimento, muitas vezes “pilotadas” por crianças, às vistas dos demais passageiros, os quais se confundem com a carga, pois vão acomodados em meio à sucata. Normalmente é a família. Verdade!
O mérito da situação até é aceitável, menos o modus operandi, afinal, cruzam a cidade, ida e volta, percorrendo distâncias sacrificantes à capacidade do animal, sem contar o uso de trabalho infantil, independente de ser familiar, porque estas crianças deveriam ter ocupação compatível: escola, por exemplo.
Faz pouco e já era noite quando vi uma dessas carroças inadequadamente “estacionada” e sem sinalização. A oportunidade ensejou uma breve troca de palavras com os “tripulantes”, enquanto se acomodavam no veículo, para seguir a viagem de regresso. Quatro pessoas!
Mesmo estando na cara, perguntei se não era muito peso para o animal. Desconfiado, o “porta-voz”, um menino com cerca de oito ou nove anos, segurando as rédeas, disse ser “pobrema” deles. A resposta não surpreendeu, mesmo se ele tivesse dito “poblema”.
Esta é a visão deles, enquanto a nossa fica à margem da dimensão deste problema, começando pela falta de empenho das autoridades em forçar a escolarização destas crianças e não fazer vistas grossas ante o “dever” diário de catar lixo, sob ordens de pai e mãe, com raras exceções.
Um problema para os animais sobrecarregados, para as crianças e para o trânsito...abraços,chica
ResponderExcluirGosto de carroças, algumas são até equipadas já vimos uma rsrsrsrs.
ResponderExcluirMas é a lei da sobrevivência. Ganha pão de muitos. Veículo de transporte, carga, passeio...
Quanto aos cavalos sofrem, e sofrem muito, assim como muitos brasileiros.
Abraços!